terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Trabalho Interdisciplinar

Planejar e produzir o trabalho interdisciplinar para a cadeira de Ensino e Identidade Docente foi uma experiência muito enriquecedora e gratificante, pois o trabalho do meu grupo foi bem recebido pelo colegas da disciplina. Apresentamos faz duas semanas, nosso trabalho teve como tema central a "Pegada Ecológica" http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/o_que_e_pegada_ecologica/, que é um teste se ter noção de quanto a pessoa que está fazendo o teste consome de lixo, quantos planetas ela precisaria para suportar tudo o que ela utiliza de resíduos. O nosso grupo possui integrantes de quatro cursos diferentes: Letras, Ciências Sociais, Física e Biologia. Desde a nossa primeira reunião durante a aula, já pré-definimos nosso tema, que seria em volta da "Pegada Ecológica". Então tentamos linkar com os outros cursos... Cada membro deu sua sugestão e depois só fomos aperfeiçoando nosso trabalho. Felizmente, todos os participantes do meu grupo são muito prestativos e responsáveis, pois um deles precisou adiantar a apresentação pois teria que viajar, então fomos o primeiro grupo a apresentar e, por causa disso, precisávamos nos agilizar. 
Antes disso, separamos o que cada um tinha que fazer para depois unirmos nossas partes e, para finalizar, uma reunião para discutir assuntos finais da apresentação. Claro, sempre um membro do grupo ajudando o outro me sua parte. 
Na minha parte (e das minhas outras colegas da Letras) o tema foi "O Pequeno Príncipe", uma obra de Antoine de Saint-Exupéry. Tentamos refletir sobre a sua lição de como se deve cuidar bem do meio ambiente, a questão da Toalete do Planeta, dos bens não-renováveis, dos planetas... Enfim, uma grande leitura que foi possível associá-la com todos os outros assuntos. A parte sobre os planetas e o tamanho deles, a da física, serviu para conscientizar o pequeno tamanho que a Terra possui  em relação aos outros planetas; um dos milhares motivos para ela ser bem cuidada. A biologia ficou com o teste e com a explicação sobre os recursos do planetas, isto é, o porquê devemos cuidar bem dele. E por fim, mas não menos importante, na parte das Ciências Sociais, o tentar compreender o porquê gastamos mais do que podemos e quem são os países que tem a maior e a menor "Pegada Ecológica" da Terra. 
Depois de apresentarmos nosso trabalho, houve o questionamento sobre o nosso projeto interdisciplinar: ele poderia ser (bem)efetuado em 50 mim, ou seja, um período, como foi proposto pela docente? 
A nossa tarefa é deveras minuciosa e talvez ela possa ser trabalhada em mais de um período, para tornar-se uma atividade bem explicada e que pode se tornar algo maior, como um projeto. Entretanto, ainda estamos discutindo quando tempo irá durar nossa aula.
Obrigada, professora, pela oportunidade de fazer um trabalho em conjunto com outras disciplinas, com a intenção de mostrar aos alunos que as matérias são interligadas e que é possível sim fazer uma aula que as una... Mostrar que todas se complementam, que uma matéria sem a outra não anda sozinha!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

(Sobre)Vivendo com a Tecnologia

Admito ser uma pessoa dependente de tecnologia. Sem as pesquisas no Google, os Dicionários Onlines (mesmo eu tendo eles em papel em casa, é mais prático olhar na Internet), as músicas que baixo, o contanto que mantenho com os meus amigos e minha família pela virtualmente, os textos da faculdade que leio pela Internet... Pode até ser que ela não seja extremamente necessária, pois antes as pessoas viviam sem tecnologia e sobreviviam, mas a tecnologia veio para facilitar a nossa vida, nossos estudos, nossos relacionamentos, nossa diversão... Antes de escrever esse texto, eu pensei: "Claro que eu não sou dependente de tecnologia, oras! Tenho muitos livros, dicionários, gramáticas..." - Não adianta, eu estava querendo mentir para mim mesma. Uma grande prova é quando percebi que o jogo do Grêmio não ia passar em nenhum dos canais da minha tevê a cabo... O que eu fiz? Decidi acompanhar pela Internet. E é o que eu estou fazendo nesse exato momento... Outra mania que adquirimos com a tecnologia: a simultaneidade. Um bom exemplo: ler algum texto na Internet e conversar com algum amigo pelo chat do Facebook ao mesmo tempo. Ou ler e ouvir uma música no YouTube. Enfim, para quem já está acostumado a viver com a tecnologia, viver sem ela é uma questão de sobrevivência.
Lendo os blogs de meus colegas, percebi que todos tivemos trajetórias parecidas. Eu fui uma criança de apartamento, pois meus pais tinham receio de me deixarem brincar na rua, então era mais seguro ficar em casa vendo televisão. E era isso que eu fazia, revesando com as tardes que eu passava brincando no pátio "seguro" com a minha prima. Quando ganhei meu primeiro computador, com uns 10 anos de idade, os sites de montar bonecas, o Paint e ler quadrinhos da Turma da Mônica eram meus locais mais acessados. Alguns anos depois, veio a época do Orkut, que tornou-se um vício, pois além de conversar com colegas da outra escola que eu não via a anos, pude compartilhar os meus gostos pelas comunidades e, por exemplo, conhecer os meus veteranos e meus colegas quando passei na faculdade.
Comecei a utilizar no ensino médio o Word... E em meu primeiro emprego (voluntário), tive que aprender a mexer no Excell e me especializar no Word. E depois na faculdade conheci outro programas, como Power Point e Adobe. Em meu segundo emprego, que era uma bolsa de monitora de francês no Aplicação, precisei adquirir conhecimentos sobre o Movie Maker, Photo! Editor e outros programas que ajudassem a planejar e fazer aulas para os alunos da escola.
Enfim, não tenho um conhecimento muito grande de tecnologias, mas planejo utilizá-la sempre em minhas aulas , mesmo que seja em forma de um vídeo do YouTube, uma apresentação no Prezi ou um jogo didático. Ainda não consegui me desvencilhar da folhinha com alguma atividade ou texto, mas pretendo cada vez inovar-me mais e tornar a aula mais interativa e agradável por meio da tecnologia.  A proposta da cadeira de Ensino e Id. Docente nos faz refletir sobre essa questão: Será que sempre o que é antigo é melhor? Será que não devemos dar uma chance da tecnologia entrar em nossas salas de aula?
É necessário que o educador procure estar pro dentro das tecnologias e suas inovações... E creio que não só para ser usada em aula, mas para a sua vida também!
E viva a tecnologia!

A tecnologia é nossa amiga!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Profissão Docente e Contemporaneidade

A questão de ser professor, com o passar dos anos, tornou-se mais esquecida e desvalorizada. O medo de formar-se na graduação e depois passar a vida inteira no cheque especial está desincentivando até mesmo aquele que, quando era criança, brincava de ser o professor de seus amigos. Os investimentos em outras áreas do Brasil são supervalorizados em comparação à educação. Esses dados tornam-se contraditórios, pois todo mundo sabe (ou deveria saber) que só com uma educação formam-se cidadãos completos e que um país pode realmente ir pra frente com sua riqueza distribuída de maneira mais justa entre a população. É explicitado no texto de PANIN e MARTINEZ (2009) que o professor possui dois duas condições de realizações de trabalho: as intrínsecas (subjetivas, como: alegrias e angústias da profissão em relações sociais) e as extríncicas (objetivas, como: salário, carreira...). Essas condições relacionam-se entre si para a formação de um professor realizado.
Ser professor não necessita apenas de vontade, mas sim de paciência (por um progresso) e de aceitação da desvalorização da profissão. E não é desde hoje que existe esse rejeição à profissão (e a educação de qualidade). O Brasil demorou muito para expandir as escolas da capital dos estados até o interior deles, a formar dignamente os docentes, a criar medidas de avaliação do ensino... A formação de professores e a educação para a maioria da população começaram tarde e sofrem por isso até os dias de hoje, pois ainda estamos em um processo de aperfeiçoamento da educação, que em alguns países esse processo é antigo e agora convivem com os benefícios da população escolarizada pode trazer à uma sociedade. 
Um dos movimentos educacionais que o Brasil passa é cada vez mais aumentar a demanda por professores, pois há mais alunos nas escolas e no ensino superior... É questionável a rivalidade  "quantidade x qualidade" de alunos e professores... Com o movimento da democratização da escola básica, tornando-se ela para todos, mais alunos frequentam a escola (de todas as faixas econômicas). Entretanto, se eles não possuírem um professor qualidade e um ambiente digno para estudarem, a questão de colocar todos na escola torna-se contraditória também, pois o que que adianta irem para aula e não conseguirem aprender? É possível ver que educação tem para todos, mas não propriamente o conhecimento! Por isso, outro movimento educacional é o da avaliação dos alunos por meio de provas nacionais e estaduais, para ter conhecimento do nível dos alunos brasileiros.
Os docentes existentes são aqueles que provavelmente amam sua profissão, mas não amam o que ela traz para suas vidas em questão financeira e de benefícios, ou seja, contentam-se com a condição intrínseca que a profissão de docente traz a eles.. A insatisfação dos professores gera um déficit na qualidade do ensino, que só pode ser mudada com a valorização de sua profissão... Mas como valorizar se desde a escola temos a imagem do professor que trabalha demais e ganha de menos? Se estressa demais e é recompensado de menos?
Essa questão só poderá mudar no dia em que a população eleger alguém que valoriza a educação e irá mudar a nossa realidade! E como estamos no período de eleições, é bom rever quem será eleito!
Ilustração: Mario Kanno
DESVALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO DOCENTE: Só 2% dos alunos entrevistados pretendem cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura, carreiras pouco cobiçadas por alunos das redes pública e particular.

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/carreira/ser-professor-escolha-poucos-docencia-atratividade-carreira-vestibular-pedagogia-licenciatura-528911.shtml

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Rótulos- Identidade e Diferença

Olá!
Essa semana tivemos uma atividade diferente em sala de aula... Uma brincadeira sobre RÓTULOS. Ela iniciava com cada aluno (no caso, eu e meus colegas da cadeira de Ensino e Id. Docente) ganhando uma etiqueta com um rótulo (como sensível, confiável, agressivo...) colada em sua testa e, ao fazer os alunos dividirem-se em grupos, eles interagissem uns com os outros a partir do rótulo que estava destinado a ele. O objetivo da brincadeira era o aluno ser tratado de acordo com seu rótulo para compreender como uma pessoa que o possui sente, para espelhar-se nos alunos em sala de aulas que iremos "enfrentar" um dia.
Em meu grupo, tivemos os rótulos "sensível" e "confiável" e etiquetas escritas "ignore-me" (que era a minha) e "concorde comigo". A minha amiga rotulada como sensível (Natália Rosa) ao ser tradada como coitadinha, frágil e sendo poupada pelas outras integrantes do nosso grupo, sentiu-se impotente e incapaz, que a tornaria uma adulta frustrada. A confiável (Bruna Passos) sentiu-se um pouco sobrecarregada por todos acreditarem nela, "apostarem suas fichas", mas ao mesmo tempo sentiu-se bem por darmos a ela um voto de confiança. O confiável possivelmente será sempre a primeira opção na hora em que precisarem de alguém para assumir uma responsabilidade, mas que deve prevenir-se para não se aproveitarem de toda credibilidade que a pessoa confiável causa nas pessoas. Elisângela Pretto (a "concorde comigo") não gostou de sua etiqueta, pois tudo o que falava nós respondíamos: "É claro! Tens razão!", sem hesitação. Ela sentiu-se mal, pois todos concordavam com ela, sem dar dicas, sem interrogá-la... Como se tivessem concordando somente para satisfazê-la. Um adulto que se sentirá sempre com a razão, certamente! Por fim, meu rótulo "ignore-me", ao não conversarem comigo e sem escutarem o que eu falava, me senti excluída, menosprezada, esquecida... Imagina para um aluno que é ignorado pelos seus colegas em sala de aula, como ele deve se sentir!! Todo ser humano necessita de um pouco de atenção, de carinho...
Todo ser humano possui sua identidade (o que eu sou) e sua diferença (aquilo que a outra pessoa é), que geram uma relação de rotulação do ser humano, "o que eu sou é diferente do que você é". A identidade e a diferença não são fixas, são feitas a partir de um processo de construção e de aceitação do ser humano a si próprio. A partir das relações sociais  que são determinados nos seres humanos, com esses critérios de igualdade e desigualdade, são o que fazem as pessoas que se identificam juntarem-se numa relação de semelhança e às vezes unirem-se por uma relação de poder. As pessoas precisam inserirem-se em grupos sociais, demarcando fronteiras de quem participa desses grupos e de quem fica fora deles. De acordo com Benedith Anderson, as pessoas criam comunidades imaginárias para ligarem-se uns aos outros, por exemplo,  pessoas com os mesmos interesses, mesma etnia, mesmo poder financeiro, entre outros. Há também pessoas que transitam pelas comunidades, para contraporem-se à elas. Essas pessoas não se fixam a nenhuma comunidade, fazendo um movimento contrário à realidade de nossa sociedade.
Na sociedade esses rótulos vem com o senso comum das pessoas, que decidem quem eles incluem e quem excluem da sociedade, a partir de esteriótipo de um ser humano "normal". Os rótulos que são dados as pessoas, quando são falsos, o rotulado pode começar a acreditar que realmente o possui, e acaba excluindo-se da sociedade. E o que nos influencia para escolher o que é "bom, bonito, correto" é a mídia, é como as pessoas agem na TV, como se vestem, como falam, o que falam... Que acaba concretizando-se como nossa cultura verdadeira! E tornando-se nossos "modelos" de ser humano. A criança precisa de uma identificação, um rótulo, uma qualidade ressaltada e reconhecida que é desenvolvida, de acordo com Freud, na época do Complexo de Édipo... Ele precisa reconhecer-se e ser reconhecido (e aceitar-se e ser aceitado!), e nessa fase, caso não goste de seu rótulo, pode tornar-se um ser humano bloqueado em alguns aspectos durante a vida! Infelizmente é uma necessidade da sociedade rotular as pessoas para selecionar as que serão prestigiadas e as que serão desprestigiadas. É fundamental quebrar esses rótulos no cerne de seu aparecimento, para não causar uma falsa identidade... A ajuda do professor é fundamental para não deixar concretizá-los nos alunos! Como disse antes, a identidade não é concreta, todos têm direito de mudar de acordo com seus sentimentos!
Até mais,
beijinhos.
Ah... uma foto minha da nossa brincadeira (dá pra ver que eu não tava muito contente.)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Apresentação


Olá!!


Opa, iniciando meu novo hobby... (tentar) escrever! Meio irônico, tratando-se de uma aluna de Letras da UFRGS, com 19 anos na cara e com pouca criatividade literária. Aliás, meu nome é Marina Malka, curso Português-Francês, sendo o último uma grande paixão na minha vida e o motivo de eu estar aqui. Ops, o motivo de eu estar aqui é a cadeira de Ensino e Identidade Docente, ministrada pela prof Nádie, mas enfim, como eu devo escrever sobre a minha decisão de ser professora, então o motivo da minha postagem leva à língua francesa. 
Retrocedendo um pouco, sempre estudei em escola pública (e não sou traumatizada), lá criei grandes amigos e  tive professores que me mostraram que ser professor não é simplesmente ter um emprego para ganhar um salário e quitar as contas do mês, mas sim uma paixão que se adquire ao longo da vida. E tenho quase certeza que a maioria das pessoas que desejam tornarem-se professores foi por um motivo semelhante: um professor marcante. 
Inicialmente não pensava em fazer Letras. Meu primeiro vestibular foi para Publicidade e Propaganda, não passei, entretanto eu ia iniciar na ESPM, mas repensei e decidi fazer cursinho... E no cursinho destinei-me Direito. O sonho da minha família, dos meus amigos... menos o meu. E foi justamente lá, no cursinho, que descobri o meu amor pela leitura, como ela nos faz viajar!! Então, pronto, me inscrevi para Letras. E passei. E posso dizer que sou MUITO feliz com minha decisão, amo meu curso, as amizades que fiz lá, a minha vida agora...
Contando agora da parte profissional da minha vida: ano passado, comecei a trabalhar no Colégio de Aplicação como monitora de francês, e daí sim, vi como é prazeroso ouvir um "sora, como eu amo francês!". Trabalhei com o ensino fundamental durante um ano, com alunos de todas as séries praticamente... Quando tinha alguma atividade que eu deveria posicionar-me no lugar de prof para passar alguma informação ou outra coisa, sempre rolava um friozinho na barriga... Mas depois, ao olhar o rostinho deles e ouvir eles falando em francês, ficava sempre emocionada! Um dia, em uma turma que eu aconpanhava, os alunos fizeram uma apresentação... Segurei minhas lágrimas!! 
Semana que vem começarei a trabalhar no Julinho com o ensino médio, a partir do PIBID... Daí sim completarei minha experiência na Educação Básica!
Não sei se realmente serei professora pro resto da vida, acho que é muito cedo para definir isso, tantas coisas acontecem na vida dos seres humanos... Por enquanto, essa é minha decisão, e estou trabalhando para isso, quem sabe, um dia ser uma grande professora de língua francesa!
Ah, e por último, minha paixão pelo francês... essa é forte!! Infelizmente, comecei estudar só ano passado, quando iniciei minha graduação na UFRGS, e bem na verdade foi uma escolha meio em cima da hora, sem muito pensar, na hora da matrícula, optei pela língua francesa, pois já sou formada em inglês... Daí comecei a estudar muito (ô linguinha difícil!), iniciei a trabalhar com o francês no Aplicação e a fazer cursinho também no NELE... Agora faço Aliança Francesa, cada vez estou mais entrosada com o idioma, que me faz gastar meu mero dinheirinho em gramáticas e livros franceses! E sem contar dos filmes. Mas enfim, planejo o quanto antes visitar (ou até morar!) em algum país francófono, e sei que esse dia vai chegar, falta pouco... Enquanto ele não chega, é melhor eu estudar mais a língua, pra não fazer feio lá!
Acho que me estendi um pouco... haha
Em breve, novos posts!

Bises!

OBS.: Como eu sei que ninguém é obrigado a saber francês, eis a legenda:
Menino: "Meu projeto? Ser feliz."
Homem: "Os utopistas não tem seu lugar em nosso estabelecimento."